sábado, 2 de julho de 2011

Assistente Social , a Ética e o “Burnout”
Segundo Freudenberger (psicanalista nova-iorquino), a síndrome de Burnout (do inglês to burn out, queimar por completo), também chamada de síndrome do esgotamento profissional, foi constatada pelo próprio, no início dos anos 1970. A dedicação exagerada à actividade profissional é uma característica marcante de Burnout, mas não a única. O desejo de ser o melhor demonstrando sempre um alto nível desempenho é outra fase importante da síndrome: o portador de Burnout mede a auto-estima pela sua capacidade de realização e sucesso profissional, se dai advierem vantagens para a sociedade, até vale a pena o esforço muitas vezes fora dos limites do que é supostamente real.
O que tem início com satisfação e prazer termina muitas vezes quando o cumprimento das funções do assistente social não é reconhecido pela sociedade ou pior ainda, pelos parceiros. Muitas vezes sentimos a necessidade de nos afirmarmos, sentimos um desejo de realização profissional se transforma em relutância e constrangimento.
A procura de soluções e o impedimento provocado pelo que é concepcional por parte da sociedade é muitas vezes a principal dificuldade do profissional de serviço social, adoptando atitudes irracionais para com o sujeito alvo do seu trabalho, prejudicando muitas vezes as soluções fáceis.
Quando criamos respostas, não só coesas mas sustentadas e mais tarde deparamo-nos com os obstáculos criados por outras profissões que julgam possuir a pluralidade das competências profissionais ainda mais difícil se torna colocar em prática as metodologias apreendidas pela empiria do trabalho diário do assistente social.
É triste quando pela experiencia de caso, sabemos que a corrupção e as cantigas de mal dizer se sobrepõem a uma solução de fácil acesso ao sujeito referenciado e aqui, que diabos onde está a tal ética profissional, a confidencialidade, a conduta e a deontologia? Perderam-se à muito no tempo.
É difícil o trabalho social quando outros profissionais na base da difamação ou preocupação em perder o protagonismo sem trabalho inventam ou bloqueiam o trabalho do assistente social. Não existe paciência que aguente pelo facto de outras competências profissionais que se preocupam mais com a sua imagem sem nada darem em troca pela sociedade, desrespeitando a confidencialidade dos seus utentes, colocando o seu nome acima da ajuda profissional que devem dar ao sujeito que os procura.
É preocupante a ausência de valores, quase inexistente para não dizer que se extinguiu por completo, não me venham dizer que o burnout apenas se observa pelo excesso de trabalho, não! Também quando uma profissão é “expulsa” por outras que se julgam com o conhecimento supremo para substituir o assistente social, claro que entramos em burnout e quem não se sente não é filho de boa gente.

Ordem é preciso ordem e já!
Vitor Bento Munhão

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